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Qualidade de vida
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Terminado o período da campanha Outubro Rosa, a associação chama a atenção para os cuidados e a prevenção do câncer, que devem receber atenção o ano inteiro.
Este ano, durante a campanha Outubro Rosa, a Sede Social e as unidades regionais da AFPESP arrecadaram lenços, turbantes, mechas de cabelo/perucas, sutiãs pós-mastectomia (cirurgia de remoção completa da mama), prótese de silicone e 20 produtos de higiene ou limpeza. As doações são destinadas a instituições que atendem pessoas em tratamento contra o câncer. As mechas doadas serão utilizadas na produção de perucas para pacientes com câncer.
O câncer de mama ainda é um dos maiores “fantasmas” no que se refere à saúde da mulher. Um fantasma bem real, pois esse tipo de câncer é o segundo maior com incidência entre as mulheres, sobretudo as que tem mais de 50 anos. O Outubro Rosa tem como principal objetivo compartilhar informações e promover a conscientização do câncer de mama e busca promover maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento. Há uma tendência de queda na taxa de mortalidade global nas últimas três décadas. Isso ocorreu com o avanço dos diagnósticos e dos tratamentos e muito se deve ao diagnóstico precoce, com mamografias feitas regularmente.
A mamografia é fundamental, a partir dos 40 anos, para o diagnóstico precoce. Com a pandemia do coronavírus, desde o ano passado a procura por esse tipo de exame foi caindo, pois as mulheres tinham medo — e com razão — de se expor à Covid-19 ao sair de casa. Só saberemos nos próximos anos se isso acarretará aumento dos casos desse tipo de câncer. Agora, com a taxa de vacinação cada vez maior e o declínio de vítimas do novo coronavírus, é muito importante que as mulheres voltem a procurar seus médicos e fazer os exames preventivos.
A dra. Séfora Ramos Carneiro, ginecologista do Ambulatório Médico da AFPESP, diz que o avanço dos tratamentos vem colaborando muito para salvar a vida de quem é acometida pela doença. “Hoje temos melhores taxas de sobrevida. Com a melhora do tratamento, melhores técnicas de rastreamento e início de terapia precoce, conseguimos reduzir a taxa de óbito do câncer de mama”, diz a ginecologista.
Séfora explica que atualmente os médicos e especialistas empregam melhores terapias, pois conseguem entender melhor a biologia do tumor e identificar alvos bem específicos para o tratamento, o que permite oferecer uma terapia quase que personalizada. “Hoje também sabemos lidar melhor com os efeitos colaterais dos tratamentos. O câncer de mama, ainda comum entre nós, é tratável, sobretudo se o diagnóstico é feito de maneira precoce”, ela diz. A ginecologista faz um alerta para as mulheres que têm histórico de câncer de mama na família: “Converse com seu médico sobre aconselhamento genético, se pode ser benéfico para você e que genes devem ser testados”. Ela ainda faz outra recomendação para todas as mulheres: “Lembrem-se de que o câncer de mama está relacionado também à obesidade, ao tabagismo e ao sedentarismo”, afirma.
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Novembro Azul
Se com a pandemia as mulheres deixaram de visitar seus médicos, imagine o que pode ter ocorrido com os homens, que em geral resistem a marcar consulta até para os problemas mais graves. E com relação ao câncer de próstata — o tema do Novembro Azul —, soma-se o tabu do exame de toque retal, que é essencial para o diagnóstico.
O urologista dr. Thiago D’Addazio Machado, da Clínica Borges — que faz parte da Rede Afinidade da AFPESP —, confirma que os homens não vão ao médico com a frequência que deveriam. “Ainda existe um grande preconceito quanto à preocupação com a saúde masculina. Na maioria das vezes, os homens procuram uma avaliação urológica somente após a identificação de algum problema, raramente com o objetivo de prevenção”, explica. “O acompanhamento regular com o clínico geral é essencial para qualquer pessoa, independentemente de suas características, sobretudo com o objetivo de prevenir e rastrear as diversas doenças existentes. A partir disso, o clínico pode encaminhar paras as especialidades, caso haja necessidade de um seguimento mais direcionado.”
Thiago explica que não existe um hábito específico que proteja contra o câncer de próstata, mas manter um estilo de vida saudável é de extrema importância. Segundo ele, conhecer o histórico familiar já configura uma boa estratégia. “Por meio dessa informação inicial, o rastreio com toque retal e PSA conforme idade e outros dados ajudam no diagnóstico precoce”, reafirma. Mas ele alerta sobre a atenção necessária à saúde como um todo, pois os homens têm mais chances de adquirir doenças cardiovasculares, neoplasia de bexiga e trato urinário superior. “Com um estilo de vida saudável, podemos impedir um aumento no risco de tais doenças”, conclui dr. Thiago.
A Clínica Borges fica na rua Conselheiro Saraiva, 306, Santana, telefones (11) 3569-0283, (11) 3569-0285 e (11) 98203-3405.
Ambulatório médico da AFPESP
A AFPESP oferece serviço médico assistencial, com consultas gratuitas em clínica geral, geriatria e ginecologia.
Marque uma consulta pelos telefones (11) 3293-9536 ou (11) 3293-9537. O ambulatório fica na rua Venceslau Brás, 206, 2º andar.
Associados titulares e dependentes podem agendar consultas gratuitas e presenciais das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.